Thursday, January 26, 2012

Mais uma vez... Caio F.

"teu olho bate em mim e logo se desvia, como se em minhas pupilas houvesse uma faca, uma pedra, um gume (...) mas é quando a pedra ou faca no fundo do meu olho afasta o teu é que te olho detalhado, e nunca saberás quanto e como já conheço cada milímetro da tua pele, e tão dissimulado te espio que nunca me percebes assim, te devassando como se através de cada fiapo, de cada poro, pudesse chegar a esse mais de dentro que me escondes sutil, obstinado, através de histórias como essa (...) às vezes digo coisas ácidas e de alguma forma quero te fazer compreender que não é assim, que tenho um medo cada vez maior do que vou sentindo em todos esses meses, e não se soluciona, mas volto e volto sempre, então me invades outra vez com o mesmo jogo e embora supondo conhecer as regras, me deixo tomar por inteiro por tuas estranhas liturgias, a compactuar com teus medos que não decifro, a aceitá-los como um cão faminto aceita um osso descarnado, torno sempre a voltar, talvez penalizado do teu olho que não se debruça sobre nenhum outro assim como sobre o meu, temendo a faca, a pedra, o gume. tornarei sempre a voltar porque preciso desse osso, dos farelos que me têm alimentado ao longo deste tempo e choro sempre quando os dias terminam porque sei que não nos procuraremos pelas noites, quando o meu perigo aumenta e sem me conter te assaltaria feito um vampiro faminto para te sangrar enquanto meus dentes penetrando nas veias de tua garganta arrancassem do fundo essa vida que me negas delicadamente, de cada vez que me procuras e me tomas, contudo me enveneno mais quando não vens e ninguém então me sabe parado feito velho num resto de sol de agosto, escurecido pela tua ausência, e me anoiteço ainda mais e me entrevo tanto quando estás presente e novamente me tomas e me arrancas de mim me desguiando por esses caminhos conhecidos onde atrás de cada palavra tento desesperado encontrar um sentido, um código, uma senha qualquer que me permita esperar por um atalho onde não desvies tão súbito os olhos, onde teu dedo não roce tão passageiro no meu braço, onde te detenhas mais demorando sobre isso que sou. (...) e parado aqui do teu lado, sem que me vejas, lentamente afio as pedras e as facas do fundo das minhas pupilas, para que a noite não me encontre outra vez insone, recomponho sozinho um por um dos teus traços, dos teus pêlos, sangrando e gemendo, a implorar de mim aquele mesmo gesto que nunca fizeste, e nem sempre sei exatamente qual seria, mas que nos arrancasse brusco e definitivo dessa mentira gentil onde não sei se deliberados ou casuais afundamos pouco a pouco, bêbados como moscas sobre açúcar, melados de nossa própria cínica doçura acovardada, contaminado por nossa falsa pureza, encharcados de palavras e literatura, e depois nos jogasse completamente nus, sem nenhuma história, sem nenhuma palavra. e de novo então me vens e me chegas e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque é assim que és e unicamente assim é que me queres e me utilizas todos os dias, e nos usamos honestamente assim, eu digerindo faminto o que teu corpo rejeita, bebendo teu mágico veneno porco que me ilumina e me anoitece a cada dia, e passo a passo afundo nesse charco que não sei se é o grande conhecimento de nós ou o imenso engano de ti e de mim, nos afastamos depois cautelosos ao entardecer, e na solidão de cada um sei que tecemos lentos nossa próxima mentira, tão bem urdida que na manhã seguinte será como verdade pura e sorriremos amenos, desviando os olhos, corriqueiros, à medida que o dia avança estruturando milímetro a milímetro uma harmonia que só desabará levemente em cada roçar temeroso de olhos ou de peles, os gelos, os vermes roendo os porões que insistimos em manter até que o não-feito acumulado durante todo esse tempo cresça feito célula cancerosa para quem sabe explodir em feridas visíveis indisfarçáveis na superfície da pele que recusamos tocar por nojo ou covardia ou paixão tão endemoniada que não suportaria a água benta de seu próprio batismo. mas quando desvio meu olho do teu, dentro de mim guardo sempre teu rosto e sei que por escolha é impossível recuar para não ir até o fim e o fundo disso que nunca vivi antes e talvez tenha inventado apenas para me distrair nesses dias onde aparentemente nada acontece e tenha inventado quem sabe em ti um brinquedo semelhante ao meu para que não passem tão desertas as manhãs e as tardes buscando motivos para os sustos e as insônias e as inúteis esperas ardentes e loucas invenções noturnas, e lentamente falas, e lentamente calo, e lentamente aceito, e lentamente quebro, e lentamente falho, e lentamente caio cada vez mais fundo acabaria aqui, agora, assim, se outra vez não viesses e me cegasses e me afogasses nesse mar aberto que nós sabemos que não acaba assim nem agora nem aqui.

Monday, March 14, 2011

Nova semana... Novo ano... Nova vida?

Não importa o quanto a gente se prepare para alguma coisa inevitável, quando realmente acontece a gente sempre sente como se tivessemos sido pegos de surpresa. E dói.
Mas, fazer o que né? Bora lá que não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe, como vovô já dizia...

"I'm gonna miss you like a child misses the blanket, but I've gotta to get a move on with my life. It's time to be a big girl now, and big girls don't cry."

E a vida segue, a cervejada segue e a gente vai tentando fazer de conta que nada acontece. Enfiar a cara no trabalho, a boca no copo e a cabeça em qualquer 'distração' nova pra pensar antes de dormir.

"You said move on, where do I go? I guess second best is all I will know. He kissed my lips I tasted your mouth, he pulled me in I was disgusted with myself"




Ééééé... C'est la vie.



"I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind...
My mind... my mind...
'til I find somebody new..."

Thursday, October 7, 2010

Aaaaaah!

Cara, como assim? Será que eu sou realmente tão babaca assim?
Será que sou eu que sou louca? Eu que tô errada?
Porque sério... Tem certas coisas que não da pra acreditar que sejam verdade. Tem certas pessoas que não dá pra acreditar que realmente existem. To com nojo.
Nojo do mundo, dessa gentinha podre. Nojo de ter que viver no meio dessa sujerada toda.
Eu quero fugir daqui, ir embora e não deixar nem endereço. Mas não tem pra onde.
Não tem nem pra onde correr velho, é bomba de tudo que é lado. Se por um lado tá ruim, por outro ta pior. Eu sou forte, eu consigo, eu mato no peito, mas cara... Ta foda.
No pior momento possivel o mundo inteiro resolve te tirar pra loca, que se faz?
E ainda só pra ajudar a me sentir pior eu desmorono desse jeito, nao deu pra segurar (fuck!).
Enfim... Bola pra frente que atras vem gente. A vontade é de pedir pra sair, pegar o primeiro barco e ir pra Irlanda sem nem dar tchau, mas a vida não é tao simples né? Entao bora lá que pelo menos eu tenho uma coisinha aqui que me da força só por existir... "Some days, I sit staring out the window watching this world pass me by. Sometimes I think there's nothing to live for, I almost break down and cry. Sometimes I think I'm crazy, I'm crazy (oh) so crazy. Why am I here, am I just waiting my time? But then I see my baby, suddenly Im not crazy, it all makes sense when I look into her eyes. Sometimes it feels like the world's on my shoulder everyone's leaning on me. Sometimes it feels like the world's almost over, but then she comes back to me... " Ééééé Eminem, meu garoto. I know exactly what you mean.

Monday, June 7, 2010

Sem títulos bonitinhos hoje =/

Nada de textos inspirados e filosóficos hoje.
Só vim pra desabafar (essa é uma das utilidades de um blog, certo?).
Tô triste. Carente. Vazia.
Por varios e varios motivos.
As coisas simplesmente não dão certo pra mim. E quando têm uma chance de dar, a culpa parece ser minha por podar a coisa toda. E o pior é que eu só percebo isso depois de ter passado um tempo.
As pessoas tem algo contra mim, fato. Fofoca, intriga, mentira, confusão... Sempre me colocam no meio. O que eu não sei é por que.
Cara, tô sempre na minha, não incomodo ninguém, não faço merda nenhuma, não adianta! Conseguem me achar.
Aí tem mais essa semana dos namorados infeliz, hahaha.
Relacionamento é uma coisa que definitivamente não foi feita pra mim.
Os meus nunca deram certo. As pessoas parecem me ver como alguém que é muito legal, muito parceria, muito afude e ponto.
Legal pra ti dividir umas noites, mas não uma vida.
Sabe aquela pessoa que pode ser o amor da tua vida, ou alguém que tu nunca vai esquecer, mas definitivamente não vai ser a tua namorada ou alguém que tu vai levar pra almoçar com a familia no domingo? Acho que sou eu.
Sou muito louca, muito bebada, muito independente, muito auto-suficiente, tenho muitos amigos... Sempre escuto algo do tipo.
Sou um tipo de mulher que jamais vai abrir mão da própria vida por ninguém - e isso inclui minha cerveja, meu bar e meus amigos. Por isso não posso ter uma ralação séria com ninguem?
Será que não existe ninguém que concorde que amor não exige, não precisa mudar as pessoas, não limita, não entristece, não aborrece?
Será que o tipo de amor que eu posso oferecer não é suficiente pra ninguém?
Será que eu realmente sou uma cumbuca? xD~
Humpf!
Enfim... O negócio é tomar trago, fazer um amigo-secreto pra ganhar presente, mandar esse povo troxa tudo a merda e sorrir.
O foda é que eu sei que mesmo fazendo de conta que tá tudo bem, aqui dentro vai continuar tudo meio vazio.
Mas... Não contem pra ninguém não tá?
Sabe como é... Eu tenho que manter a minha fama de garota feliz e bem resolvida ;p~

Wednesday, February 10, 2010

I wish I could bring it back

Seria tudo tão simples se os sentimentos que 'somem' ficassem guardados em um baú, acessíveis.
Se pudessemos pegá-los e voltar a sentir a qualquer hora. Mas infelizmente não é assim que funciona.
Segurança, estabilidade, certezas, ainda que eu lembre vagamente são coisas maravilhosas de se ter. Mas e a vontade, a intensidade, o torpor?
E o frio na barriga e as pernas bambas?
Até o último minuto que estive contigo, essas coisas estavam presentes. Mas não estão mais.
Reler tudo só me fez ter mais certeza de que o que senti por ti era tão forte que jamais aceitaria te beijar denovo correndo o risco de estar com a cabeça em outro lugar.
[i]“A separação pode ser o ato de absoluta e radical união, a ligação para a eternidade de dois seres que um dia se amaram demasiado para poderem amar-se de outra maneira, pequena e mansa, quase vegetal.”[/i]
Talvez a magia seja uma coisa que possa ser recuperada? Sim... Mas ta tudo muito bagunçado dentro de mim pra tentar isso agora.
Um dia eu te disse que era um rio, e precisava seguir pro mar.
Agora tu me olha nos olhos e diz "Eu sou teu mar".
Talvez essa seja a coisa mais bonita que alguém ja me disse, mas talvez eu estivesse enganada.
Talvez eu não seja um rio.
Talvez eu seja só uma lagoa, uma lagoa só.

Wednesday, May 13, 2009

Confession.

- Are you ready to confess?
- To confess what?
- It is still love, isn't it?
- Define love...
- Love is that silly thing you feel about him, and only about him. That thing that keeps you until 3 a.m. at the bar on Tuesday nights. When you feel your heart gets warm just by looking into his eyes... That's love. The love you still feel. This love you can't hide, doesn't matter how hard you try to.
- Okay, I'm ready now.


14/05/2009

Pensamentos soltos.

Esses são pensamentos soltos ou frases escritas no bar, sem grandes contextos. Só coisas que passeiam na minha cabeça e eu considero dignas de serem anotadas. Separo com aspas afim de que não se confundam:

"O inferno é ironia. Quão mais baixo uma pessoa pode ir depois de dividir a vida com todos seus demônios? Não tenho medo de escuro, de dor, de sangue ou fogo. Lágrimas são o meu soro, e não me assustam. O inferno que me aguarde, e se tiver cerveja não deve ser muito diferente da vida que já levo."

"A vingança é um prato pra se comer quente ou frio mas quanto mais pimenta melhor."

"Parafraseando o poeta: Que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto ainda queima."

"Quem busca cristais jamais dará devido valor a um diamante."

"Tu viestes com a escuridão da noite e te tornastes essencial para minha sobrevivência."

"Te amo apesar de todas as vezes que me fez sangrar, apesar de continuar sangrando"

"Tu és a razão pela qual eu ainda ouso sonhar."

"Silêncio! O dia vai nascer, vai vagarosamente compor-se em forma, cor e vontade, até que dissipe-se fazendo reverência á noite que chegar."

"E a noite me deixa plena de tudo.
Respiro com mais facilidade, sinto que posso tocar as estrelas.
Como a lua, consigo agora contemplar o brilho de meus efeitos. Dos meus defeitos.
Meu eterno vaguear é iluminado com faróis distantes e luzes perdidas de alguns apartamentos.
De bar em bar vou juntando pedaços para que tão logo o dia volte, algo já tenha me devolvido a certeza de quem sou."

"Quando fecho os olhos ainda dá pra sentir os acordes da Stratos fazendo a alma tremer, ainda vejo o brilho daqueles olhos refletindo nos meus.
Encantada, sorrio. Sinto porém um gosto salgado descer pelos lábios.
Impossível lembrar sem chorar. E sem sorrir.
Minha melhor ou pior lembrança? Só sei que a mais viva.
A dor que mais arde, mas meu sorriso mais pleno.
Não sei se amaldiçôo ou comemoro este dia. Ignorar contudo, não dá." (About April, 19 2006)

"Nao e so cansaco, fato.
Estou irremediavelmente triste. Sentindo um vazio aqui dentro, sabe?
Fim de ano sempre me deixa deprimida...
Fraternidade e amor, mesmo hipocritas, fazem falta as vezes. Esse clima de festas e reunioes familiares fazem a autosuficiencia desmoronar por alguns instantes.
Fica pior ainda quando te oferecem aquela coisinha banal que tu mais queria mas tu precisa recusar pra evitar que a dor piore. Nao por estar relacionado, mas porque as vezes a cura pra uma dor momentanea se torna um veneno letal pra teus proximos dias. Tudo poderia desandar aqui dentro, outra vez.
Ja nao ha desilusoes porque acabaram as ilusoes, mas hoje eu sei que me faria mal demais dormir sozinha depois."

"Como diria o mano: "Tem que aprender a usar os objetos." E e bem nessas, as vezes as pessoas poderiam ser uma das coisas mais importantes da tua vida mas preferem ser so... Objetos.
Sigamos as regras do jogo entao, e na real, vai ser bem melhor assim."

"Sao duas coisas completamente diferentes.
Uma simplesmente é.
Outra simplesmente nao é.
Nada pode ser feito, em nenhum dos casos."

"Inside me the rain comes after the rainbow"

"Um turbilhão de emoções, boas e ruins. Coisas pra fazer e coisas pra parar de fazer... Decisões a serem tomadas.
Desamor travestido de prazer, amor com disfarce de desapego, fim fantasiado de crise.
Pessoas enxergando vazio quando (pasmem), tem uma pessoa ali - ou aqui dentro.
Muita noite, muitas drogas, muita mentira, e a pouca verdade que ainda encontro eu nem posso admitir.
E no meio de tudo isso eu ainda consigo concluir que meus botões são engraçados.
Não entende? Nem eu."

"As palavras simplesmente não saem... Não consigo mais.
E todas as dores se mantêm aqui dentro, sem aceitar sair. Os sentimentos são como diferentes tipos de ácido que vão me corroendo de dentro pra fora sem que eu possa expulsá-los.
Nem através de palavras, nem através de lágrimas."

Always.

E os dias põem por terra todo e qualquer sonho que ouso construir.
Ordem dos céus ou do inferno?
Sinto falta da menina de olhos cintilantes de ilusão que aparece nos antigos retratos, aquela menina de rosto lambuzado de algodão-doce e alheia a crueldade desse mundo traiçoeiro.
Hoje, os dias tempestuosos me aquietam o espírito conformado enquanto os dias de arco-íris me assustam.
Cada um de meus recentes sorrisos estavam carregados de insegurança e medo. Medo de que seu motivo virasse apenas poeira de sonho tão logo ele emoldurasse meu rosto.
Meu final feliz está submerso em minha alma naufragada, meu sorriso nada mais é do que a sombra de uma esperança em estado vegetativo.

07/05/2008

Empty inside.

Os ponteiros do relógio continuam girando e me obrigando a arrancar as folhas do calendário.
A história porém, parou.
Meus dias se tornaram páginas em branco. Só vejo linhas milimetricamente iguais e não preenchidas.
Meus olhos não-mais-brilhantes assistem o sol levantar e sumir sem mudar sequer a trilha sonora.
A vida segue estranhamente calma.
Aquela dor urgente parece estar adormecida e, como em um conto de fadas, tudo adormeceu junto com ela.
Já não arde. Mas também não ferve.
Não sangra. Mas também não arrepia.
Não desespera. Mas também não dá vontade.
E beijos nada despertam...
As estrelas ainda brilham mas me parecem agora tão alheias e indiferentes.
Esperam-me renascer (De novo? Consigo?)
Meu sorriso nada mais é do que a sombra de uma esperança em estado vegetativo.
Minha vida, hoje, não me pertence!
Mas ao menos agora parece real.

[Saudade das ilusões.]

28/12/2007

Love of my life.

O amor da minha vida!
E nem ao menos sabes disso.
E nem ao menos consigo prever tua reação se soubesses.
Nunca pensei que fosse ter esse tipo de certeza, nem acreditava que existisse.
Depois de todas as vezes que me vi sangrar, das inúmeras tragédias dessa vida maluca, me deparo com um relacionamento puro e simples.
Um sentimento pleno e inquestionável.
Um par de olhos verdes que me dão a certeza de que tudo só me preparava para encontrá-los.
Alguém perfeito.
Mas perfeição e plenitude ainda não parecem poder fazer parte da minha vida.
Então partistes...
Não mais está ao meu lado, mas como que pra me ferir te faz presente nos meus dias.
Tenho que te ver, sem te ter.
Sem poder dizer a coisa mais importante que já tive pra dizer pra alguém.
Pois já não me pertences.
E talvez nunca foste verdadeiramente meu.
Por que não me ajuda então a esquecer, meu amor?
Ainda que por compaixão, não venhas.
Não me obrigue a ficar trancada em um torre bem alta para não mais te ver.
Deixe que esse amor tome um sentido mítico aqui dentro de mim, que se torne uma dor conformada e desesperançosa já que não vai morrer.
Amor da minha vida...
Se não sou eu o amor da tua, vive ela em qualquer lugar onde eu não esteja.
E toda vez que eu lembrar de ti, uma lágrima de saudade vai descer por minha face, mas estarei feliz se souber que estas bem.
E preencherei o vazio que me causas com tudo mais que me resta.
Queria poder me despedir e dizer tudo isso, mas sou fraca no final das contas.
Espero que o vento te conte um dia,
Amor da minha vida.

18/10/2007

He.

A essencia é a mesma do anterior, mas dessa vez em inglês.

He. The only one I wanna kiss, who is in my soul so deep and I can taste every time I breath.
He. The reason why the sun does shine, the brightness that is in my eyes and all the beauty of all my smiles.
He. The one I feel swim in my blood, the topic of all my thoughts and the man I'd live and die for.

(Unfinished too)

Ele. (And now for you again...)

Ele. Novamente e somente ele.
Aquele por quem meus joelhos dobram, meus olhos brilham e minha pele arde.
Aquele que tem a única boca que quero beijar, tem os olhos mais lindos - de uma cor que mais ninguém possui.
Tem todos os meus sonhos e suspiros, minhas noites e meus dias.

(Unfinished)

20/03/2008

Not for you now.

Teu sorriso puro e teus olhos brilhantes tem sido o meu remédio.
Sinto vontade de te pegar no colo e te proteger para que nada possa tirar do teu beijo essa inocência.
Mas como pode caber a mim, tão cheia de cicatrizes, cuidar para que não te firas se tenho medo eu própria de te ferir só por estar perto demais?
Te manter aqui me soa como egoísmo, pois és agora como uma ilha tranquila onde posso parar e fugir um pouco da tempestade, afinal minha vida nada mais é do que um mar revolto.
Jamais quero é arruinar a fantasia e encanto de tão bela ilha, mas tu me faz sentir tão bem...
Como partir sem roubar a luz de teus olhos lindos?
Por que partir se é tão confortante ficar?
Tua essência cristalina me parece algo caro demais pra se apostar.
Te deixar se perder em mim e como ver um anjo passear nas trevas e ficar assistindo sem tentar detê-lo.
Aceitável, não fosse eu um beco sem saída.

20/12/2007

At the bar.

Só mais uma noite carregada de ilusões e vazio.
Brindamos na verdade á nossa fraqueza. Cada gota de álcool que entra em meu corpo dilui um pouco mais a realidade e a torna menos fria. E a fuga, por fim, está completa.
[Conclui o inconsciente]
Um ruído entretanto opõe-se a tudo, já nem sei se é real pois esse som está em mim.
Sinto-me irremediavelmente ofegante e sim, lá estão os mesmo olhos. Aqueles que já foram meus e são agora tão indecifráveis, já não olham em minha direção.
A atmosfera de orgulho e desprezo faz do cenário um palco e tentamos involuntariamente convencer o outro de nossa falsa plenitude.
[Acho que venci]
Te vejo partir acreditando que sou tão odiável e indiferente quanto demonstro. Rostos amigos me olham com expectativa ou estranheza.
[Volto logo]
O espelho sem alma de um banheiro de bar torna-se símbolo de minha covardia. Lágrimas quebram a expressão montada de meu rosto, mas não me permito!
Inspirar.
Expirar.
Um pouco de água no rosto.
Preciso voltar.
Re-incorporo o papel de mim mesma e volto a minha vida incompleta.
Conversas vazias.
Sorrisos vazios.
Copo vazio.
A noite acaba e já nem sei ao certo quem sou.
[Ou será que me falta o pedaço você?]

18/10/2007

Lullaby.

Boa noite meu amor.
Te aninha nos lençois que ainda usam o calor de nossos corpos pra te aquecer nessa noite fria.
Recosta a cabeça no travesseiro que sussurra ao teu ouvido o som ofegante da nossa respiração.
Respira e sente o nosso cheiro impregnado em todo ar que te cerca.
Dorme meu bem... Dorme bem.
Descansa e sonha, as paredes te protegem.
Dorme minha vida, um segundo é muito tempo a se perder, e eu estou ao teu lado em pensamento enquanto não volto fisicamente.
Dorme minha paixão. Te deixa embalar pelo canto dos anjos, eu estou adormecendo e indo ao teu encontro, meus sonhos vão me levar pros teus braços para que eu possa te amar e te amar, te amar e dizer que te amo.
E ficarei esta noite, como todas as outras, dormindo em teu abraço, ouvindo o teu coração que bate em meu peito em ritmo de canção de ninar... Até que chegue a hora de acordar.

02/07/2007

Let it be true.

Tu é meu.
E sabe que é...
Apesar do medo, da insegurança, dos palpites, tu sabe que isso não vai mudar.
Nos pertencemos e isso nunca vai mudar.
Nos vejo passando por situações tão idênticas: tentando, fugindo, fingindo.
Vivemos mentiras tão semelhantes. Corpos ao alcance de nossas mãos, nunca é aquele único que realmente desejamos.
Amigos, noite, álcool, música, flertes... Legal, mas nada preenche aquele vazio. Nos fazemos falta.
Eu sou tua.
E sei que sou...
Por que então outras mãos me tocam? Por que outras mãos te tocam?
Por que outros lábios se ambos sabemos que será banal?
Só sou completa se estiver do teu lado. Só sou eu se for tua.
E tu só existe se estiver nos meus braços, se depois da bagunça tiver o meu colo pra voltar, pra dormir, pra se encontrar.
Somos só um do outro.
Todo mundo sabe disso...
Não há mistério algum, volta logo meu amor!

30/04/2007

Will you stay someday?

Outra vez eu te vejo sendo levado de mim, os frios braços da manhã te carregam e tudo que a mim resta é uma nuvem cinza de incertezas.
E quanto mais horas se passam mais próxima ela fica, mais meus olhos cegam, mais o coração aperta, menos eu respiro. [...]
Mas eis que nesse momento, caminhando sobre a estreita linha que marca a diferença entre a saudade e a falta, no exato momento em que penso que te perdi sinto um calor conhecido seguido de um arrepio...
Dou meia volta e lá estão os mesmos olhos verdes, a espreitar-me, e esperar-me, a resgatar-me de tal ilusão.
Meus lábios espontaneamente sorriem e tu me tomas em teus braços, me beija, me aperta, me tem.
Sinto teu coração batendo em meu peito, tua respiração em meus ouvidos, teus gemidos, teus suspiros... E nessa inebriante orquestra adormeço um segundo acreditando ter-te só pra mim. [...]
Abro os olhos porém, e o sol está nascendo. Ouço o vento da manhã que diz "Meu amor, agora devo ir."

16/11/2006

Palavras.

Palavras são navalhas.
Não contentes em cortar, elas rasgam, cada célula da pele, cada fibra da carne.
O sangue jorra, as lágrimas escorrem. Nada pode doer mais...
As palavras porém não cicatrizam.
A dor não passa.
A dor cristaliza.
Palavras formam ecos na cabeça, e as ouço repetir, todo o tempo.
Palavras, oh doces palavras de navalha... Tanta dor contida em cada letra.
Tanta que não cabe em mim, então transborda incessantemente pelos olhos.

14/05/2007

Escravos da liberdade.

E esse é o erro que a liberdade comete: nos torna escravos dela própria.
Nos convence a desistir de tudo que o coração anseia em seu nome.
Afogamos o amor em um copo de cerveja barata e nos autodeclaramos seres livres!
Nada de correntes, coleiras.
O deixamos escapar é que nesse instante uma corrente muito mais rígida nos faz prisioneiros, não nos permite ser completos.
Afinal, há liberdade maior do que escolhermos, querermos ser só de uma pessoa e o fazê-lo?
Essa tal liberdade não me engana, eu decifrei seu segredo. E hoje sou realmente livre. Não tenho medo de meus sentimentos e decisões e há sim uma pessoas com quem passaria o resto da vida... Livre! Livres. Pois pudemos optar pelo amor, por nós.
Solteirice convicta é para os mal-resolvidos.
Se hoje não estou nos braços de alguém é unicamente porque os únicos braços que quero estão cruzados (mas o destino se encarrega das cócegas).

14/06/2007

Nowadays.

Ando bebendo demais, dormindo demais, esperando demais.
Ando vivendo de menos, ofegante de menos, ansiosa de menos.
Vejo a noite engolindo os dias, noites que são também vazias.
Conversas vazias.
Pessoas vazias.
Sorrisos vazios.
Copo vazio.
Assisto a vida passar sem que eu participe. Me tornei figurante do meu próprio espetáculo pelo mesmo maldito motivo.
Pessoas me enxergam o mais superficialmente possível e insistem em julgar sem ter idéia do que dizem.
Vêem meu corpo no bar, mas não tem idéia do motivo - do mesmo maldito motivo - que me leva até lá todos os dias.
Sim, eles vêem onde meu corpo está, mas não onde minha alma ficou.
Vivo de ilusão e vazio, buscando algo que só eu consigo tocar.
Ando pensando demais, será que vale a pena?
Eis que pauso então no que penso, em minha cabeça agora ecoam lindos versos de Fernando Pessoa:
"Tudo vale a pena se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do borjador tem que passar além da dor.
Deus ao mar o abismo e o perigo deu, mas nele é que espelhou o céu."
Percebo... Ando na verdade duvidando demais das coisas que a tanto já sei.

23/02/2007

Nocturnal desperation.

Dói... Talvez mais do que eu possa suportar.
Não a dor física da navalha enferrujada que entra em minha pele, mas a dor que está aqui dentro.
Essa dor constante e irremediável.
Pela milésima vez me vejo em prantos sem ao menos conhecer o porque matemático.
Uma tristeza ardida ganha tamanha intensidade que parece querer fazer com que eu exploda.
Tento cortar a pele pra que ela tenha por onde sair: Inútil.
Pareço agora tão alheia a esse mundo, á esse mundo em que eu vivo mas que não me pertence. Um mundo de suspiros forçados e falsos elogios.
Tudo que me resta são raros momentos de alegrias pequenas. Felicidade medíocre e teatral.
A certeza da plenitude, que lembro ter sentido, me abandonou em uma esquina escura.
Sozinha.
Com medo.
E o brilho que havia em meus olhos, até este já me deixou.
Ficou em um lugar de onde eu tive que partir.

26/10/2007

So tired.

Estou tão cansada!
Cansada de tentar, de ser sempre a mais forte.
Cansada de ver meus castelos desmoronando, de reconstruí-los para que desmoronem mais uma vez.
Tão cansada de provar pro mundo que eu consigo, que sobrevivo.
Minha vida é feita de ciclos e embora os rostos e cenários mudem, todos parecem tão iguais.
Estou cansada até de respirar, mas meus pulmões se enchem e esvaziam espontaneamente.
De nada me adianta a maturidade se já não restam sangue ou lágrimas, estou em carne viva submersa em uma banheira de vinagre barato, arde, mas meu corpo está anestesiado.
Mais drogas?
Não.
A dor apenas tornou-se conformada.
Estou acostumada, porém cansada.

07/11/2007

Pronto, falei.

Amor? Tu me ensinou a tremer diante do som dessa palavra, me fez ter medo de senti-lo.
Mas quando penso nesses tais sentimentos mundanos e suas significâncias tortas, esses sentimentos tão cheios de condições, cobertos de egoísmo, tão alienados de si próprios, tão irreais justamente por serem humanos, acredito sim que amor é o que mais se aproxima do que sinto.
Te sinto no meu sangue.
Teu cheiro está no vento.
Te preciso como se tivesse se tornado vital.
Sim... EU TE AMO!
E já não tenho medo. Tenho vontade.
Tenho a música, os sonhos, as poesias.
Te tenho nos meus olhos, na pele, no corpo e na alma
E isso te faz meu para sempre, mesmo que minhas mãos um dia não alcancem teu corpo.
E eu sou tua, só tua, toda tua.
E por isso nosso amor (sim... Amor!) jamais deixará de existir.

13/09/2006

Despretensão

Sou uma pitada de certezas diluída em um litro de ilusões.
Não precisa temer, tudo é real. Sou real!
Apenas questiono, me questiono.
Não sei ao certo onde estou embora saiba exatamente o que sinto.
Nada de conclusões e promessas a longo prazo, só esse instante importa.
E se tudo que respiro não passar de sonho?
Ora, darei graças por sonhar, por poder acordar em meio a um sorriso com os olhos brilhando.
Serei grata por cada arrepio, por cada gemido e cada encontro.
Terei imensa gratidão por cada vez que senti as pernas bambas ou um arrepio no estômago.
Vivo... Simplesmente vivo!
E quero, beijo, susurro.
E mordo sim!
Alheia a quereres impostos e sentimentos mundanos?
Não... Tembém fraquejo, fico sem chão, espero mais do que preciso.
Mas um beijo me desperta, me traz de volta a realidade e me devolve o real sentido de tudo.


Julho 2006.

Confusion.

Já não lembro a ordem exata que escrevi as coisas, mas essa outra também é de 2006:

All alone...
E isso me parece tão comum.
Embora não seja para o mundo.
É como a velha ironia de imaginar um palhaço em prantos.
Em um minuto me vejo cercada de sorrisos e promessas, popularidade e autosuficiência. Mas antes mesmo de a lua conseguir cruzar o céu, cá estou.
Caída e envolta em silêncio.
Ninguém que ouviria se eu gritasse.
Ninguém só pra saber que esta por perto. Ou que viria correndo mesmo que estivesse longe.
E o pior? Ninguém que acredite que eu precise disso.
A garota com cara de fodona, rodeada de pessoas. Como imaginá-la com as feridas expostas?
Difícil até para uma mente pisciana, mas por mais incrível que pareça os corte já quase desfiguram minha pele.
Mas acho que o sangue acabou...
Olho para os cortes e eles estão secos. Só vejo o músculo pulsando e as fibras da carne já parecem tão brancas quanto a minha pele.
E a dor se torna conformada, como se sempre estivesse estado ali e não tivesse pkanos de me deixar.
Nem lágrimas restam, só uma coisa seca.
É como se eu própria fosse a dor.
Nasci e me fiz pela dor, logo, sou dor.
Como posso então ser festejada e admirada?
Será que tudo o que as pessoas vêem em mim não existe?
Não... Exagero.
Também sou festa e alegria, otimismo e fantasias.
Mas como posso ser sorriso e dor ao mesmo tempo?
Sinto que devo ser grata ao meu sofrimento, o trato como mestre ditador.
E creio.
Respeito.
Mas como pode a dor trazer felicidade?
Como ser tão feliz se estou em carne viva?
É um preço alto a se pagar para ser eu mesma, sem mergulhar em nenhum dos extremos de mim.
Preciso que algo me devolva o real sentido das coisas.
Estou perdida...
Sinto que a explicação escorreu pelos meus dedos.
Perdi minhas certezas.
Mas preciso reencontrá-las.
Será que esqueci nas páginas daquele livro antigo?
Na mesa do bar de quinta-feira?
Ou teria eu em um proposital descuido deixado-as em teus braços pra poder voltar buscar?

Só Tu.

E não é que eu realmente postei trechos de todos os escritores que eu queria postar?
Talvez, se eu consegui manter o blog até agora, esse finalmente se torne um site estável onde eu possa deixar guardadas minhas besteiras =D
Por ultimamente estar escrevendo pouco e por gostar de escritos anteriores, vou publicar textos que tenho só no papel antes de qualquer coisa inédita.
Antes deixo algumas observações:
- Tudo que é escrito é mais dramático do que é vivido, não pensem que sou uma pessoa rancorosa e deprimida, quem me conhece sabe que sou saltitante =]
- Tudo que escrevi, senti. Ou sinto... Mas isso não é relevante.
- As pessoas para ou por quem escrevi não serão citadas, apesar de serem meio óbvias se você me conhece pessoalmente.
- Não pensem que o nível vai continuar o mesmo dos autores dos posts anteriores, eu escrevo por desabafo, por necessidade. Não tenho grandes habilidades, genialidade ou talentos. Não sigo regras, métrica ou estruturas pré-estabelecidas, apenas sinto e o sentimento escorre pro papel.

Dito isso, estréio os posts de minha autoria no blog com algo que escrevi em 2006, para uma pessoa bastante especial, nada muito elaborado e até meio clichê, mas a certeza, a verdade que lembro ter sentido... Vale a pena guardar.

"Tu! Só tu eu quero agora.
Foram embora as certezas, deixei em seu lugar o passado.
O passado recente e o passado antigo.
O meu presente é tu... Só tu!
Presente de agora, tempo verbal exato onde te encontras.
Presente de dádiva, uma benção que me foi dada... Surpreendente e linda.
Hoje, todas as vezes que meus olhos se fecham, tua imagem que eu encontro.
Teus cabelos bagunçados, teu corpo pesando sobre o meu, teu cheiro que já sinto em mim.
Nunca tive tanta certeza.
Nunca aconteceu antes.
Te quero absoluto.
Convicção.
Decisão.
Plenitude.
Te adoro... Eu realmente te adoro!"

William Shakespeare

(Fechando com chave de ouro minha seleção particular de escritores.)

"Hell is empty, all the demons are already here."

"If music be the food of love, play on."

"Words, words, mere words, no matter from the heart. "

"Teach not thy lip such scorn, for it was made For kissing, lady, not for such contempt. "

"Words without thoughts never to heaven go. "

"If you have tears, prepare to shed them now."

"To do a great right do a little wrong. "

"When we are born we cry that we are come to this great stage of fools. "

"If you prick us do we not bleed? If you tickle us do we not laugh? If you poison us do we not die? And if you wrong us shall we not revenge? "

"By that sin fell the angels."

"There is nothing either good or bad but thinking makes it so."

"
Suspicion always haunts the guilty mind."

"When a father gives to his son, both laugh; when a son gives to his father, both cry."

"
Pleasure and action make the hours seem short. "

"
What's in a name? That which we call a rose by any other name would smell as sweet. "

"To be, or not to be: that is the question. "

"We know what we are, but know not what we may be."

"What, man, defy the devil. Consider, he's an enemy to mankind."

"Speak low, if you speak love. "

"I wasted time, and now doth time waste me. "

"Love sought is good, but given unsought, is better. "

"What's done can't be undone."

"The stroke of death is as a lover's pinch, which hurts and is desired."

"O! Let me not be mad, not mad, sweet heaven; keep me in temper; I would not be mad!"

"There is no darkness but ignorance."

"
Temptation is the fire that brings up the scum of the heart. "

"O thou invisible spirit of wine, if thou hast no name to be known by, let us call thee devil. "

"I was adored once too."

"Parting is such sweet sorrow."

"Most dangerous is that temptation that doth goad us on to sin in loving virtue."

"
Listen to many, speak to a few."

"
I never see thy face but I think upon hell-fire. "

"Give thy thoughts no tongue. "




Donatien Alphonse Francois - Marquis de Sade

“It is always by way of pain one arrives at pleasure.”

“In order to know virtue, we must first acquaint ourselves with vice.”

“It is not my mode of thought that has caused my misfortunes, but the mode of thought of others”

“Lust's passion will be served; it demands, it militates, it tyrannizes.”

“Your body is the church where Nature asks to be reverenced.”

“I've already told you: the only way to a woman's heart is along the path of torment. I know none other as sure.”

“No lover, if he be of good faith, and sincere, will deny he would prefer to see his mistress dead than unfaithful.”

“All universal moral principles are idle fancies.”

“My manner of thinking, so you say, cannot be approved. Do you suppose I care? A poor fool indeed is he who adopts a manner of thinking for others!”

“There is no more lively sensation than that of pain; its impressions are certain and dependable, they never deceive as may those of the pleasure women perpetually feign and almost never experience.”

“'Sex is as important as eating or drinking and we ought to allow the one appetite to be satisfied with as little restraint or false modesty as the other.”

"Woman`s destiny is to be wanton, like the bitch, the she-wolf; she must belong to all who claim her. "

Charles Baudelaire


“Evil is done without effort, naturally, it is the working of fate; good is always the product of an art”

“It is the hour to be drunken! to escape being the martyred slaves of time, be ceaselessly drunk. On wine, on poetry, or on virtue, as you wish.”

“A breath of wind from the wings of madness.”

“Music fathoms the sky.”

“Always be a poet, even in prose.”

“I am unable to understand how a man of honor could take a newspaper in his hands without a shudder of disgust.”

“This life is a hospital in which every patient is possessed with a desire to change his bed.”

“Sexuality is the lyricism of the masses”

“True Civilization does not lie in gas, nor in steam, nor in turn-tables. It lies in the reduction of the traces of original sin.”

“I have cultivated my hysteria with delight and terror. Now I suffer continually from vertigo, and today, 23rd of January, 1862, I have received a singular warning, I have felt the wind of the wing of madness pass over me.”

“Any healthy man can go without food for two days, but not without poetry”

“I love Wagner, but the music I prefer is that of a cat hung up by its tail outside a window and trying to stick to the panes of glass with its paws”

“A sweetheart is a bottle of wine, a wife is a wine bottle”

“The lover of life makes the whole world into his family, just as the lover of the fair sex creates his from all the lovely women he has found, from those that could be found, and those who are impossible to find.”

“I have more memories than if I were a thousand years old.”

“There are as many kinds of beauty as there are habitual ways of seeking happiness.”

“Those men get along best with women who can get along best without them.”


Charles Dickens


“A loving heart is the truest wisdom.”

“Have a heart that never hardens, and a temper that never tires, and a touch that never hurts.”

“There is nothing so strong or safe in an emergency of life as the simple truth”

“I only ask to be free. The butterflies are free.”

“There were times when he could not read the face he had studied so long, and when this lonely girl was a greater mystery to him than any women of the world...”

“The whole difference between construction and creation is exactly this: that a thing constructed can only be loved after it is constructed; but a thing created is loved before it exists.”

“Her heart--is given him, with all its love and truth. She would joyfully die with him, or, better than that, die for him. She knows he has failings, but she thinks they have grown up through his being like one cast away, for the want of something to trust in, and care for, and think well of. . . .”

“To conceal anything from those to whom I am attached, is not in my nature. I can never close my lips where I have opened my heart.”

“There is a wisdom of the head, and... a wisdom of the heart.”

“It opens the lungs, washes the countenance, exercises the eyes, and softens down the temper; so cry away.”

“It was one of those March days when the sun shines hot and the wind blows cold: when it is summer in the light, and winter in the shade.”

“There are strings in the human heart that had better not be vibrated.”

“The pain of parting is nothing to the joy of meeting again.”

“Whatever I have tried to do in life, I have tried with all my heart to do it well; whatever I have devoted myself to, I have devoted myself completely; in great aims and in small I have always thoroughly been in earnest.”


Emily Dickinson


"Anger as soon as fed is dead. 'Tis starving makes it fat."

“Hope is the thing with feathers, that perches in the soul, and sings the tune without words, and never stops at all.”

“To love is so startling it leaves little time for anything else.”

“Love is anterior to life, posterior to death, initial of creation, and the exponent of breath.”

“Unable are the loved to die, for love is immortality.”

“Saying nothing...sometimes says the most.”

“Truth is so rare that it is delightful to tell it.”

“Forever is composed of nows.”

“Find ecstasy in life; the mere sense of living is joy enough.”

“Beauty is not caused. It is.”

“Because I could not stop for death, He kindly stopped for me; The carriage held but just ourselves and immortality.”

“Not knowing when the dawn will come, I open every door.”

“Morning without you is a dwindled dawn.”

“Dying is a wild night and a new road.”

“That it will never come again is what makes life sweet.”

"
I'm nobody! Who are you?
Are you nobody, too?
Then there's a pair of us--don't tell!
They'd banish us, you know. How dreary to be somebody!
How public, like a frog
To tell your name the livelong day
To an admiring bog!"

“To whom the mornings are like nights, What must the midnights be!”

"
Finite to fail, but infinite to venture."

"If I read a book and it makes my whole body so cold no fire can ever warm me, I know that is poetry."

" Tell the truth, but tell it slant."

" They might not need me; but they might. I'll let my head be just in sight; a smile as small as mine might be precisely their necessity."

" Whenever a thing is done for the first time, it releases a little demon."

Louis Ferdinand Celine


“The more one is hated, I find, the happier one is.”

“To hell with reality! I want to die in music, not in reason or in prose. People don't deserve the restraint we show by not going into delirium in front of them. To hell with them!”

“Love, Arthur, is a poodle's chance of attaining the infinite, and personally I have my pride.”

“Never believe straight off in a man's unhappiness. Ask him if he can still sleep. If the answer's 'yes', all's well. That is enough.”

“The poetry of heroism appeals irresitably to those who don't go to a war, and even more so to those whom the war is making enormously wealthy"

“Almost every desire a poor man has is a punishable offence.”

“We've no use for intellectuals in this outfit. What we need is chimpanzees. Let me give you a word of advice: never say a word to us about being intelligent. We will think for you, my friend. Don't forget it.”

“If you aren't rich you should always look useful.”

“The whole business of your life overwhelms you when you live alone. One's stupefied by it. To get rid of it you try to daub some of it off on to people who come to see you, and they hate that. To be alone trains one for death.”

“Even diseases have lost their prestige, there aren't so many of them left. Think it over... no more syphilis, no more clap, no more typhoid... antibiotics have taken half the tragedy out of medicine.”

“One can't relive one's life. Forgiveness is not what's difficult; one's always too ready to forgive. And it does no good, that's obvious.”

“The foreground in a picture is always unattractive. . . Art demands that the interest of the canvas should be placed in the far distance, where lies take refuge, those dreams which blossom out of fact and are man's only love.”

"
Truth is a pain which will not stop. And the truth of this world is to die. You must choose: either dying or lying. Personally, I have never been able to kill myself."

Gregório de Matos


"Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância."


"Se és fogo, como passas brandamente,
Se és neve, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou Amor em ti prudente!

Pois para temperar a tirania,
Como quis que aqui fosse a neve ardente,
Permitiu parecesse a chama fria."

"Ambos, de firmes, anelando chamas,
Tu a vida deixas, eu a morte imploro,
Nas constâncias iguais, iguais nas famas.

Mas, ai!, que a diferença entre nós choro
Pois acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro."

"Nos últimos instantes da partida,
Em que o rigor o golpe executava,
Vi, quando alento no sentir achava
A morte dilatada, ou repetida.

Obrou a execução da despedida,
Que ali de vossos olhos me ausentava,
E como vida neles me ficava,
Não pude viver, deixando a vida.

Foi de ausentar-me a morte conseqüência,
Pois estando sem vós, sem vida estive
Mas direis que o morrer de alentos priva.

Porém, como nas mãos de uma violência,
Quem ausente padece, morre, e vive.
Foi a vida defunta, a morte viva. "


"Que falta nesta cidade?......Verdade
Que mais por sua desonra ......Honra
Falta mais que se lhe ponha.....Vergonha.

O demo a viver se exponha,
por mais que a fama a exalta,
numa cidade, onde falta
Verdade, Honra, Vergonha.

Quem a pôs neste socrócio?....... Negócio
Quem causa tal perdição? ........ Ambição
E o maior desta loucura?...... Usura.

Notável desaventura
de um povo néscio, e sandeu,
que não sabe, que o perdeu
Negócio, Ambição, Usura.

Quais são os seus doces objetos?......... Pretos
Tem outros bens mais maciços?...... Mestiços
Quais destes lhe são mais gratos?..... Mulatos.

Dou ao demo os insensatos,
dou ao demo a gente asnal,
que estima por cabedal
Pretos, Mestiços, Mulatos.

Quem faz os círios mesquinhos?...... Meirinhos
Quem faz as farinhas tardas? ......Guardas
Quem as tem nos aposentos? ...... Sargentos.

Os círios lá vêm aos centos,
e a terra fica esfaimando,
porque os vão atravessando
Meirinhos, Guardas, Sargentos.

E que justiça a resguarda?....... Bastarda
É grátis distribuída? ......... Vendida
Que tem, que a todos assusta?..... Injusta.

Valha-nos Deus, o que custa,
o que El-Rei nos dá de graça,
que anda a justiça na praça
Bastarda, Vendida, Injusta.

Que vai pela clerezia?........ Simonia
E pelos membros da Igreja? ......... Inveja
Cuidei, que mais se lhe punha?........ Unha.

Sazonada caramunha!
enfim que na Santa Sé
o que se pratica, é
Simonia, Inveja, Unha.

E nos Frades há manqueiras?....... Freiras
Em que ocupam os serões? ........ Sermões
Não se ocupam em disputas?........ Putas.

Com palavras dissolutas
me concluis na verdade,
que as lidas todas de um Frade
são Freiras, Sermões, e Putas.

O açúcar já se acabou?........ Baixou
E o dinheiro se extinguiu?......... Subiu
Logo já convalesceu? ........ Morreu.

À Bahia aconteceu
o que a um doente acontece,
cai na cama, o mal lhe cresce,
Baixou, Subiu, e Morreu.

A Câmara não acode?........ Não pode
Pois não tem todo o poder?......... Não quer
É que o governo a convence? ....... Não vence.

Quem haverá que tal pense,
que uma Câmara tão nobre
por ver-se mísera, e pobre
Não pode, não quer, não vence."

Wednesday, March 11, 2009

Edgar Allan Poe


(God! Poe is absolutly perfect. Cast an eyeball ;p)

"All that we see or seem is but a dream within a dream."

"Beauty of whatever kind, in its supreme development, invariably excites the sensitive soul to tears."

"Deep into that darkness peering, long I stood there, wondering, fearing, doubting, dreaming dreams no mortal ever dared to dream before. "

"Experience has shown, and a true philosophy will always show, that a vast, perhaps the larger portion of the truth arises from the seemingly irrelevant. "

"I am above the weakness of seeking to establish a sequence of cause and effect, between the disaster and the atrocity. "

"I became insane, with long intervals of horrible sanity. "

"I have great faith in fools; self-confidence my friends call it. "

"I have no faith in human perfectability. I think that human exertion will have no appreciable effect upon humanity. Man is now only more active - not more happy - nor more wise, than he was 6000 years ago. "

"I wish I could write as mysterious as a cat. "

"In one case out of a hundred a point is excessively discussed because it is obscure; in the ninety-nine remaining it is obscure because it is excessively discussed. "

"Man's real life is happy, chiefly because he is ever expecting that it soon will be so. "

"Poetry is the rhythmical creation of beauty in words. "

"The boundaries which divide Life from Death are at best shadowy and vague. Who shall say where the one ends, and where the other begins? "

"The death of a beautiful woman, is unquestionably the most poetical topic in the world. "

"The ninety and nine are with dreams, content but the hope of the world made new, is the hundredth man who is grimly bent on making those dreams come true. "

"The true genius shudders at incompleteness - and usually prefers silence to saying something which is not everything it should be. "

"We loved with a love that was more than love. "

"With me poetry has not been a purpose, but a passion. "

"Words have no power to impress the mind without the exquisite horror of their reality. "


(I just love it! I wish I could post everything he ever wrote, but I'll choose only one poem):


The Reaven

Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore,
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of someone gently rapping, rapping at my chamber door.
" 'Tis some visitor," I muttered, "tapping at my chamber door;
Only this, and nothing more."

Ah, distinctly I remember, it was in the bleak December,
And each separate dying ember wrought its ghost upon the floor.
Eagerly I wished the morrow; vainly I had sought to borrow
From my books surcease of sorrow, sorrow for the lost Lenore,.
For the rare and radiant maiden whom the angels name Lenore,
Nameless here forevermore.

And the silken sad uncertain rustling of each purple curtain
Thrilled me---filled me with fantastic terrors never felt before;
So that now, to still the beating of my heart, I stood repeating,
" 'Tis some visitor entreating entrance at my chamber door,
Some late visitor entreating entrance at my chamber door.
This it is, and nothing more."

Presently my soul grew stronger; hesitating then no longer,
"Sir," said I, "or madam, truly your forgiveness I implore;
But the fact is, I was napping, and so gently you came rapping,
And so faintly you came tapping, tapping at my chamber door,
That I scarce was sure I heard you." Here I opened wide the door;---
Darkness there, and nothing more.

Deep into the darkness peering, long I stood there, wondering, fearing
Doubting, dreaming dreams no mortals ever dared to dream before;
But the silence was unbroken, and the stillness gave no token,
And the only word there spoken was the whispered word,
Lenore?, This I whispered, and an echo murmured back the word,
"Lenore!" Merely this, and nothing more.

Back into the chamber turning, all my soul within me burning,
Soon again I heard a tapping, something louder than before,
"Surely," said I, "surely, that is something at my window lattice.
Let me see, then, what thereat is, and this mystery explore.
Let my heart be still a moment, and this mystery explore.
" 'Tis the wind, and nothing more."

Open here I flung the shutter, when, with many a flirt and flutter,
In there stepped a stately raven, of the saintly days of yore.
Not the least obeisance made he; not a minute stopped or stayed he;
But with mien of lord or lady, perched above my chamber door.
Perched upon a bust of Pallas, just above my chamber door,
Perched, and sat, and nothing more.

Then this ebony bird beguiling my sad fancy into smiling,
By the grave and stern decorum of the countenance it wore,
"Though thy crest be shorn and shaven thou," I said, "art sure no craven,
Ghastly, grim, and ancient raven, wandering from the nightly shore.
Tell me what the lordly name is on the Night's Plutonian shore."
Quoth the raven, "Nevermore."

Much I marvelled this ungainly fowl to hear discourse so plainly,
Though its answer little meaning, little relevancy bore;
For we cannot help agreeing that no living human being
Ever yet was blessed with seeing bird above his chamber door,
Bird or beast upon the sculptured bust above his chamber door,
With such name as "Nevermore."

But the raven, sitting lonely on that placid bust, spoke only
That one word, as if his soul in that one word he did outpour.
Nothing further then he uttered; not a feather then he fluttered;
Till I scarcely more than muttered,"Other friends have flown before;
On the morrow he will leave me, as my hopes have flown before."
Then the bird said,"Nevermore."

Startled at the stillness broken by reply so aptly spoken,
"Doubtless," said I, "what it utters is its only stock and store,
Caught from some unhappy master, whom unmerciful disaster
Followed fast and followed faster, till his songs one burden bore,---
Till the dirges of his hope that melancholy burden bore
Of "Never---nevermore."

But the raven still beguiling all my fancy into smiling,
Straight I wheeled a cushioned seat in front of bird and bust and door;,
Then, upon the velvet sinking, I betook myself to linking
Fancy unto fancy, thinking what this ominous bird of yore,
What this grim, ungainly, ghastly, gaunt, and ominous bird of yore
Meant in croaking, "Nevermore."

Thus I sat engaged in guessing, but no syllable expressing
To the fowl, whose fiery eyes now burned into my bosom's core;
This and more I sat divining, with my head at ease reclining
On the cushion's velvet lining that the lamplight gloated o'er,
But whose velvet violet lining with the lamplight gloating o'er
She shall press, ah, nevermore!

Then, methought, the air grew denser, perfumed from an unseen censer
Swung by seraphim whose footfalls tinkled on the tufted floor.
"Wretch," I cried, "thy God hath lent thee -- by these angels he hath
Sent thee respite---respite and nepenthe from thy memories of Lenore!
Quaff, O quaff this kind nepenthe, and forget this lost Lenore!"
Quoth the raven, "Nevermore!"

"Prophet!" said I, "thing of evil!--prophet still, if bird or devil!
Whether tempter sent, or whether tempest tossed thee here ashore,
Desolate, yet all undaunted, on this desert land enchanted--
On this home by horror haunted--tell me truly, I implore:
Is there--is there balm in Gilead?--tell me--tell me I implore!"
Quoth the raven, "Nevermore."

"Prophet!" said I, "thing of evil--prophet still, if bird or devil!
By that heaven that bends above us--by that God we both adore--
Tell this soul with sorrow laden, if, within the distant Aidenn,
It shall clasp a sainted maiden, whom the angels name Lenore---
Clasp a rare and radiant maiden, whom the angels name Lenore?
Quoth the raven, "Nevermore."

"Be that word our sign of parting, bird or fiend!" I shrieked, upstarting--
"Get thee back into the tempest and the Night's Plutonian shore!
Leave no black plume as a token of that lie thy soul spoken!
Leave my loneliness unbroken! -- quit the bust above my door!
Take thy beak from out my heart, and take thy form from off my door!"
Quoth the raven, "Nevermore."

And the raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming.
And the lamplight o'er him streaming throws his shadow on the floor;
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
Shall be lifted--- nevermore!

Fiódor Dostoiévski






(Infelizmente não li as obras originais, portanto transcrevo alguns trechos (como de costume, selecionados por mim) de obras traduzidas por terceiros).

"Tenho de proclamar a minha incredulidade. Para mim, não há nada de mais elevado que a idéia da inexistência de Deus. O Homem inventou Deus para poder viver sem se matar."

"Depois do insucesso, os planos mais bem pensados parecem-nos tolos."

"Amar alguém é vê-lo como Deus o concebeu."

"Não há assunto tão velho que não possa ser dito algo de novo sobre ele."

"Há homens que nunca mataram e que, no entanto, são piores que os que mataram seis pessoas."

"Não há ideia nem fato que não possam ser vulgarizados e apresentados a uma luz ridícula."

"Partindo de uma liberdade ilimitada chega-se a um despotismo sem limites."

"A falta de liberdade não consiste jamais em estar segregado, e sim em estar em promiscuidade, pois o suplício inefável é não se poder estar sozinho."

"Todas as mulheres sabem que os ciumentos são os primeiros a perdoar."

"Compara-se muitas vezes a crueldade do homem à das feras, mas isso é injuriar estas últimas."

"Quanto mais gosto da humanidade em geral, menos aprecio as pessoas em particular, como indivíduos."

"Não há nada mais desesperador para o homem do que, vendo-se livre, encontrar a quem sujeitar-se"

Sunday, November 30, 2008

Gustave Flaubert


"A memory is a beautiful thing, it's almost a desire that you miss."

"A superhuman will is needed in order to write, and I am only a man."

"Anything becomes interesting if you look at it long enough.
"

"Art requires neither complaisance nor politeness; nothing but faith, faith and freedom."

"But the disparaging of those we love always alienates us from them to some extent. We must not touch our idols; the gilt comes off in our hands.
"

"Here is true immorality: ignorance and stupidity; the devil is nothing but this. His name is Legion."

"I am a man-pen. I feel through the pen, because of the pen."

"I believe that if one always looked at the skies, one would end up with wings."

"Love is a springtime plant that perfumes everything with its hope, even the ruins to which it clings."

"Nothing is more humiliating than to see idiots succeed in enterprises we have failed in."

"Oh, if I had been loved at the age of seventeen, what an idiot I would be today. Happiness is like smallpox: if you catch it too soon, it can completely ruin your constitution."

" One mustn't look at the abyss, because there is at the bottom an inexpressible charm which attracts us."

" The art of writing is the art of discovering what you believe."

" The heart, like the stomach, wants a varied diet."

" The more humanity advances, the more it is degraded."

Florbela Espanca


"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!"

"Saudades! Sim... Talvez... e porque não?... Se o nosso sonho foi tão alto e forte. Que bem pensara vê-lo até à morte. Deslumbrar-me de luz o coração! Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão! Que tudo isso, Amor, nos não importe. Se ele deixou beleza que conforte. Deve-nos ser sagrado como o pão! Quantas vezes, Amor, já te esqueci, Para mais doidamente me lembrar, Mais doidamente me lembrar de ti! E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar. Mais a saudade andasse presa a mim"

"Eu tenho pena da Lua!
Tanta pena, coitadinha,
Quando tão branca, na rua
A vejo chorar sozinha!..."

"Eu não sou boa nem quero sê-lo, contento-me em desprezar quase todos, odiar alguns, estimar raros e amar um."

"Quem nos deu asas para andar de rastos?
Quem nos deu olhos para ver os astros
Sem nos dar braços para os alcançar?"

"Adivinhar o mistério
Da tua alma quem me dera!
Tens nos olhos o outono,
Nos lábios a primavera...

Enquanto teus lábios cantam
Canções feitas de luar,
Soluça cheio de mágua
O teu misterioso olhar...

Com tanta contradição,
O que é que a tua alma sente?
És alegre como a aurora,
E triste como um poente... "

"Ódio por Ele? Não ... Se o amei tanto,
Se tanto bem Ihe quis no meu passado,
Se o encontrei depois de o ter sonhado,
Se à vida assim roubei todo o encanto, "

Sunday, July 6, 2008

Charles Bukowski


"Sex is interesting, but it's not totally important. I mean it's not even as important (physically) as excretion. A man can go seventy years without a piece of ass, but he can die in a week without a bowel movement."

"
Genius might be the ability to say a profound thing in a simple way."

"
There is a time to stop reading, there is a time to STOP trying to WRITE, there is a time to kick the whole bloated sensation of ART out on its whore-ass."

"
There will always be something to ruin our lives, it all depends on what or which finds us first. We are always ripe and ready to be taken."

"
I don't like jail, they got the wrong kind of bars in there."

"
To do a dull thing with style-now THAT'S what I call art."

"
The difference between a democracy and a dictatorship is that in a democracy you vote first and take orders later; in a dictatorship you don't have to waste your time voting."

"
There was nothing really as glorious as a good beer shit—I mean after drinking twenty or twenty-five beers the night before. The odor of a beer shit like that spread all around and stayed for a good hour-and-a-half. It made you realize that you were really alive."

"Drinking is an emotional thing. It joggles you out of the standardism of everyday life, out of everything being the same. It yanks you out of your body and your mind and throws you against the wall. I have the feeling that drinking is a form of suicide where you're allowed to return to life and begin all over the next day. It's like killing yourself, and then you're reborn. I guess I've lived about ten or fifteen thousand lives now."

"The problem was you had to keep choosing between one evil or another, and no matter what you chose, they sliced a little bit more off you, until there was nothing left. At the age of 25 most people were finished. A whole god-damned nation of assholes driving automobiles, eating, having babies, doing everything in the worst way possible, like voting for the presidential candidates who reminded them most of themselves. I had no interests. I had no interest in anything. I had no idea how I was going to escape. At least the others had some taste for life. They seemed to understand something that I didn't understand. Maybe I was lacking. It was possible. I often felt inferior. I just wanted to get away from them. But there was no place to go."

Sunday, May 25, 2008

Franz Kafka




'A book must be an ice-axe to break the seas frozen inside our soul.'

'
A first sign of the beginning of understanding is the wish to die.'

'By believing passionately in something that still does not exist, we create it. The nonexistent is whatever we have not sufficiently desired.'

'By imposing too great a responsibility, or rather, all responsibility, on yourself, you crush yourself.'

'
Don't despair, not even over the fact that you don't despair.'

'Evil is whatever distracts.'

'From a certain point onward there is no longer any turning back. That is the point that must be reached.'

'
God gives the nuts, but he does not crack them.'

'
He who seeks does not find, but he who does not seek will be found.'

'
I do not read advertisements. I would spend all of my time wanting things.'

'
I have the true feeling of myself only when I am unbearably unhappy.'

'
If I shall exist eternally, how shall I exist tomorrow?'

'
In argument similes are like songs in love; they describe much, but prove nothing.'

'
It is not necessary that you leave the house. Remain at your table and listen. Do not even listen, only wait. Do not even wait, be wholly still and alone. The world will present itself to you for its unmasking, it can do no other, in ecstasy it will writhe at your feet.'

'
It is often safer to be in chains than to be free.'

'
May I kiss you then? On this miserable paper? I might as well open the window and kiss the night air.'

'
My "fear" is my substance, and probably the best part of me.'

'
My guiding principle is this: Guilt is never to be doubted.'

'
My peers, lately, have found companionship through means of intoxication - it makes them sociable. I, however, cannot force myself to use drugs to cheat on my loneliness - it is all that I have - and when the drugs and alcohol dissipate, will be all that my peers have as well.'

'
Sensual love deceives one as to the nature of heavenly love; it could not do so alone, but since it unconsciously has the element of heavenly love within it, it can do so.'

'
The mediation by the serpent was necessary. Evil can seduce man, but cannot become man.'

'
There are only two things. Truth and lies. Truth is indivisible, hence it cannot recognize itself; anyone who wants to recognize it has to be a lie.'

'
You can hold yourself back from the sufferings of the world, that is something you are free to do and it accords with your nature, but perhaps this very holding back is the one suffering you could avoid.'



P.S.: Boyfriend's Blog.

Sunday, April 20, 2008

Guimarães Rosa



'É preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado.'

'Quanto mais ando, querendo pessoas, parece que entro mais no sozinho do vago.'

'Será que, por alguma vez que seja, a gente pode estar mesmo certo do que faz?'

'Linda, Linda. Linda como uma alegria triste, uma alegria magoada que ficou triste de repente.'

'Esperar é reconhecer-se incompleto.'

'Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.'

'Felicidade se acha em horinhas de descuido.'

'A vida inventa! A gente principia as coisas, no não saber por que, e desde aí perde o poder de continuação - porque a vida é mutirão de todos, por todos remexida e temperada.'

'Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como o sofrimento dos homens.'

'Para ódio e amor que dói, amanhã não é consolo.'

'Mestre é aquele que às vezes aprende.'

'Amor vem de amor, em Diadorim penso também. Mas Diadorim é a minha neblina.'

'Toda saudade tem um pouco de velhice.'

'Que vontade era de por os meus dedos, de leve, o leve, nos meigos olhos dele, ocultando, para não ter de tolerar, de ver assim o chamado, até que ponto esses olhos, sempre havendo aquela beleza verde, me adoecido, tão impossível.'

Castro Alves




'Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue. Acalma-o com teu beijo,
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!
[...]
Diz tua boca: "Vem!"
Inda mais! diz a minha, a soluçar... Exclama
Todo o meu corpo que o teu corpo chama:
"Morde também!"
Ai! morde! que doce é a dor
Que me entra as carnes, e as tortura!
Beija mais! morde mais! que eu morra de ventura,
Morto por teu amor!'

'Nua, de pé, solto o cabelo às costas,
Sorri na alcova perfumada e quente,
Pela janela, como um rio enorme
De áureas ondas tranqüilas e impalpáveis,
Profusamente a luz do meio-dia
Entra e se espalha palpitante e viva.
Entra, parte-se em feixes rutilantes,
Aviva as cores das tapeçarias,
Doura os espelhos e os cristais inflama.
Depois, tremendo, como a arfar, desliza
Pelo chão, desenrola-se, e, mais leve,
Como uma vaga preguiçosa e lenta,
Vem lhe beijar a pequenina ponta
Do pequenino pé macio e branco.
Sobe... cinge-lhe a perna longamente;
Sobe... – e que volta sensual descreve
Para abranger todo o quadril! – prossegue.
Lambe-lhe o ventre, abraça-lhe a cintura,
Morde-lhe os bicos túmidos dos seios,
Corre-lhe a espádua, espia-lhe o recôncavo
Da axila, acende-lhe o coral da boca,
E antes de se ir perder na escura noite,
Na densa noite dos cabelos negros,
Pára confusa, a palpitar, diante
Da luz mais bela dos seus grandes olhos.'

'Disse a meu peito, pobre peito:
_ Não te contentas co'uma só amante?
Pois não vês que esse mudar constante
Gasta em desejos o prazer do amor?
Ele respondeu: _Não! não me contento:
Não me contento com uma só amante.
Pois tu não vês que este mudar constante
Empresta aos gozos um melhor sabor?
Disse a meu peito, a meu pobre peito:
_Não te contentas desta dor errante?
Pois tu não vês que este mudar constante
A cada passo só nos traz a dor?
Ele respondeu: _Não! Não me contento,
No me contento desta dor errante...
Pois tu não vês que este mudar constante
Empreta às mágoas um melhor sabor?'

'Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!'

Wednesday, April 2, 2008

Lygia Fagundes Telles


'Ter pena dos outros não é se sentir superior a esses outros?'

'Coragem de amar e desamar, coragem de morrer e desmorrer, coragem da cólera, da tristeza -ô Deus - até nos enterros, as pessoas tão contidas, tão exemplares. Se controlando pra não chorar alto, porque se o choro fica forte já vem alguem com a pílula, a injeção, o analista.'

'O Jardineiro só colhia as rosas ao anoitecer porque durante o sono elas não sentiam o aço frio da tesoura. Uma noite ele sonhou que cortava as hastes de manhã, em pleno sol, as rosas despertas e gritando e sangrando na altura do corte das cabeças decepadas. Quando ele acordou, viu que estava com as mãos sujas de sangue.'

'Por que não lhe disse antes? Apertá-lo demoradamente contra o meu peito e dizer. Não disse porque pensava que tinha pela frente a eternidade. Só me resta agora esperar que acontença outra vez, vislumbro esse encontro - mas vou reconhecê-lo? E vou me reconhecer nos farrapos da memória do meu eu?'

'Volto às minhas lembranças que foram se acumulando no meu eu lá de dentro,em camadas, feito poeira. Invento (de vez em quando) o que é sempre melhor do que o nada que nem chega a ser nada porque meu coração pulsante diz EU SOU EU SOU EU SOU. Meu peito (rachado) continua oco.'

'É preciso amar o inútil. Criar pombos sem pensar em comê-los, plantar roseiras sem pensar em colher rosas, escrever sem pensar em publicar, fazer coisas assim, sem esperar nada em troca. A distância mais curta entre dois pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos que se encontram as melhores coisas da vida. A música. Este céu que nem promete chuva. Aquela estrelinha nascendo ali... está vendo aquela estrelinha? Há milênios não tem feito nada, não guiou os reis magos, nem os pastores, nem os marinheiros perdidos... apenas brilha. Ninguém repara nela porque é uma estrela inútil. Pois é preciso amar o inútil porque no inútil está a beleza. No inútil também está Deus.'

'Você é o único que não me lembra nada e eu detesto lembrar.'

'Ouça, querida – disse-lhe Otávia certa vez – não fique assim com essa mentalidade de donzela folhetinesca, não separe com tanta precisão os heróis dos vilões, cada qual de um lado, tudo muito bonitinho como nas experiências de química. Não há gente completamente boa nem gente completamente má, está tudo misturado e a separação é impossível. O mal está no próprio gênero humano, ninguém presta. Às vezes a gente melhora. Mas passa ... E que interessa o castigo ou o prêmio? ... Tudo muda tanto que a pessoa que pecou na véspera já não é a mesma a ser punida no dia seguinte.'

'Saiu. A noite estava fria, mas belíssima. Achou a lua enorme e pensou em compará-la a alguma coisa, mas desistiu: parecia lua mesmo, talvez nunca parecesse tão lua quanto naquela noite.'

'Quando na realidade o amor é uma coisa tão simples... Veja-o como uma flor que nasce e morre em seguida por que tem que morrer. Nada de querer guardar a flor dentro de um livro, não existe nada mais triste no mundo do que fingir que a vida onde a vida onde a vida acabou.'

'O homem estranhou aquele céu verde com a lua de cera coroada por um fino galho de árvore, as folhas se desenhando nas minúcias sobre o fundo opaco. Era lua ou um sol apagado? Difícil saber se estava anoitecendo ou se já era de manhã no jardim que tinha a luminosidade fosca de uma antiga moeda de cobre.'

'A verdade me varava da cabeça aos pés, como um raio. E me partira ao meio: na metade viva, sentira um formigamento de formigas vermelhas correndo na alegria carnívora da descoberta. A outra parte estava enegrecida, morta.'

'A busca, a conquista, a posse rápida e total na ânsia de enraizar o amor, que de repente não é mais amor, é lúxuria, lúxuria que de repente não é luxuria, é farsa. Farsa que é medo, simplesmente medo da solidão, mais difícil de suportar que o peso do corpo alheio a se abater sobre o meu.'

'Vou escrevendo e mais adiante vou descobrir (ou não) como funciona essa tal de estrutura que deve ser assim como o próprio ser humano, indefinível, inacessível.
E incontrolável.'

'Em sinal de protesto devíamos todos simplesmente morrer. “Morreríamos se adiantasse”, você disse. Lembra? Eu sei, ninguém daria a mínima. Arrancaríamos o coração do peito, olha aqui meu sangue, olha aqui meu coração!'

'Há tantas pequeninas coisas que me dão prazer, que morrerei de prazer quando chegar a coisa maior.'

'Não era amada? Não, certamente não. Mas continuaria amando amando amando até - morrer, não. Até viver de amor.'

'Tudo que tive e ainda tenho, tão triste ir buscar lá fora o que devia estar aqui dentro.'

'A memória tem um olfato memorável.'

'Veja Lorena... Os objetos só têm sentido quando têm sentido, fora disso... Eles precisam ser olhados, manuseados. Como nós. Se ninguém me ama viro uma coisa ainda mais triste do que essas, porque ando, falo, indo e vindo como uma sombra, vazio, vazio.'