Wednesday, May 13, 2009

Confusion.

Já não lembro a ordem exata que escrevi as coisas, mas essa outra também é de 2006:

All alone...
E isso me parece tão comum.
Embora não seja para o mundo.
É como a velha ironia de imaginar um palhaço em prantos.
Em um minuto me vejo cercada de sorrisos e promessas, popularidade e autosuficiência. Mas antes mesmo de a lua conseguir cruzar o céu, cá estou.
Caída e envolta em silêncio.
Ninguém que ouviria se eu gritasse.
Ninguém só pra saber que esta por perto. Ou que viria correndo mesmo que estivesse longe.
E o pior? Ninguém que acredite que eu precise disso.
A garota com cara de fodona, rodeada de pessoas. Como imaginá-la com as feridas expostas?
Difícil até para uma mente pisciana, mas por mais incrível que pareça os corte já quase desfiguram minha pele.
Mas acho que o sangue acabou...
Olho para os cortes e eles estão secos. Só vejo o músculo pulsando e as fibras da carne já parecem tão brancas quanto a minha pele.
E a dor se torna conformada, como se sempre estivesse estado ali e não tivesse pkanos de me deixar.
Nem lágrimas restam, só uma coisa seca.
É como se eu própria fosse a dor.
Nasci e me fiz pela dor, logo, sou dor.
Como posso então ser festejada e admirada?
Será que tudo o que as pessoas vêem em mim não existe?
Não... Exagero.
Também sou festa e alegria, otimismo e fantasias.
Mas como posso ser sorriso e dor ao mesmo tempo?
Sinto que devo ser grata ao meu sofrimento, o trato como mestre ditador.
E creio.
Respeito.
Mas como pode a dor trazer felicidade?
Como ser tão feliz se estou em carne viva?
É um preço alto a se pagar para ser eu mesma, sem mergulhar em nenhum dos extremos de mim.
Preciso que algo me devolva o real sentido das coisas.
Estou perdida...
Sinto que a explicação escorreu pelos meus dedos.
Perdi minhas certezas.
Mas preciso reencontrá-las.
Será que esqueci nas páginas daquele livro antigo?
Na mesa do bar de quinta-feira?
Ou teria eu em um proposital descuido deixado-as em teus braços pra poder voltar buscar?

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