Wednesday, May 13, 2009

At the bar.

Só mais uma noite carregada de ilusões e vazio.
Brindamos na verdade á nossa fraqueza. Cada gota de álcool que entra em meu corpo dilui um pouco mais a realidade e a torna menos fria. E a fuga, por fim, está completa.
[Conclui o inconsciente]
Um ruído entretanto opõe-se a tudo, já nem sei se é real pois esse som está em mim.
Sinto-me irremediavelmente ofegante e sim, lá estão os mesmo olhos. Aqueles que já foram meus e são agora tão indecifráveis, já não olham em minha direção.
A atmosfera de orgulho e desprezo faz do cenário um palco e tentamos involuntariamente convencer o outro de nossa falsa plenitude.
[Acho que venci]
Te vejo partir acreditando que sou tão odiável e indiferente quanto demonstro. Rostos amigos me olham com expectativa ou estranheza.
[Volto logo]
O espelho sem alma de um banheiro de bar torna-se símbolo de minha covardia. Lágrimas quebram a expressão montada de meu rosto, mas não me permito!
Inspirar.
Expirar.
Um pouco de água no rosto.
Preciso voltar.
Re-incorporo o papel de mim mesma e volto a minha vida incompleta.
Conversas vazias.
Sorrisos vazios.
Copo vazio.
A noite acaba e já nem sei ao certo quem sou.
[Ou será que me falta o pedaço você?]

18/10/2007

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